terça-feira, 11 de maio de 2010

Mamãe, eu não esqueci...


Ella não esqueceu do Dia das Mães (até porque Mamãe não deixa Ella esquecer: "O que eu vou ganhar de presente?"). Ora, ora não é que as mães viram filhas de repente?

Ella se recorda dos presentinhos que fazia na escola para o Dia das Mães. Um Perfex imitando uma saia, uma flanela fazendo as vezes de um vestido, um porta retrato feito de palitos de picolé. Mamãe achava lindo aquele desenho borrado! Ella acordava cedinho para acordá-la com aquele "presentão" ou então arrumava uma mesa de café da manhã bem bonita.

Ella nunca entendeu aquela música homenageando a mãe "com avental todo sujo de ovo". Mamãe de Ella não era essa aí! Credo! Ella se amarrava na vaidade de Mamãe e tentava copiar o jeito de segurar o secador, de passar a marcha do carro ou de esfumar os olhos e passar delineador.

Mamãe de Ella não ficava na porta da escola fazendo fofoca ou enchendo o saco da professora, mas Ella confessa que, quando criança, achava que mães deveriam ser assim. Mal sabia o dobrado de se ter jornada quintupla de trabalho: filhos, faculdade, trabalho, mãe doente e marido. E ainda se manter no salto, sempre em dia com ela mesma: roupas lindas e cabelo impecável.

Nas entressafras de empregadas malucas, Mamãe ainda tinha que dar jeito de organizar a casa e mostrar seu super talento na cozinha: almoços maravilhosos pra 10 pessoas em meia hora (sem exageros de linguagem!). Prática de quem tinha que ser um polvo para dar conta de tudo.

Ella olha ao redor e vê mães que tem babá, não trabalham fora e estão sempre exaustas. Ella recomenda a essas que façam um curso com Mamãe de Ella e com suas amigas mães, trabalhadoras, boas filhas, que se mantêm lindas de morrer e nunca se esquecem de que são mulheres acima de tudo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário